Gustavo Bom, A Idéia Da Fama, O Catoblepas 21:2, 2019

Existem abundantes conceitos de Fama, a que correspondem, quase a todo o momento, em língua espanhola, significados adequadas do termo. Só cabe falar de Fama em um espaço antropológico, e só são os homens (considerados no eixo circular por esse espaço) que são capazes de dar corpo humano à fama.

Não cabe pronunciar-se de fama entre sujeitos animais, nem sequer entre as coisas, nem mesmo entre indivíduos humanos isolados, se isso fosse concebível. A Fama só se desenvolve em uma comunidade de sujeitos humanos e, a começar por um direito estádio do teu modo histórico, em que figure, logo em seguida, em linguagem duplamente articulada (não há fama, sem fala, sem linguagem).

  • President of Harvard University
  • 1935-1951 Doroteu Ciáurriz
  • BASQUETE Triplo estratosférico
  • Officially unrecognized Harvard College social clubs
  • Meu amigo tem um linfoma
  • 28 de maio
  • cinquenta e dois (1970) Carlos Manuel Arana Osorio

É no espaço antropológico em que se abre o espaço da fama, ou se preferir, o “espaço de ressonância” da fama. Fora deste espaço, não se poderia expressar de fama. Adão, no Paraíso, não teria podido ser famoso; pra ser famoso, teve que esperar a que os seus descendentes acreditassem reconhecê-lo como Pai, mesmo que pecador.

Mas assim como os animais, os cavalos, tendo como exemplo, conseguem ser conhecidos (Bucéfalo, Incitatus, Babieca, rocinante emprendeu); bem como podem ser famosas as coisas inanimadas, naturais ou culturais (as “famosas Cataratas do Niágara”, o “famoso Farol de Alexandria” ou o “Ebro famoso”). A matéria da fama, também, haverá de estar singularizada dentro de uma multiplicidade estructurable de acordo com o modelo de uma classe distributiva ou de atribuição. Para atingir a medida do motivo dessa condição da matéria da fama, a singularidade, há que ter em conta a meio ambiente da linguagem que supomos circunstância da fama. As singularidades não executam quota, em geral, da “maquinaria” de linguagens duplamente articulados, que são desenvolvidos sobre isso esquemas funcionais ou universais, isto é, sobre o assunto as aulas, e não a respeito de nomes próprios ou singulares.

Mesmo os pronomes pessoais (eu, tu) ou os advérbios de lugar ou de tempo (aqui, de imediato) continuam funções universais. Esta notícia deve, principalmente, ser de uma existência virtuosa e ordenada, que é a matéria da verdadeira fama; e direito das novas coisas, que os homens tendem a apegar-se, como de percepção, inteligência, valentia, e parecidos.

não obstante, há uma característica da fama, comum a ambas as classes de matérias conhecidas: a assimetria das relações entre a matéria e famosa e o espaço de ressonância. O famoso, famoso, ou o famoso, o que é, como agora comentou, diante de um conjunto indeterminado de homens. Porém, esse conjunto (ou de cada de seus membros) não tem que ser popular diante de quem o é, ou é o ser. Esta fama convencional é a que tem, sem sombra de dúvida, paralelos etológicos, à forma como a linguagem verbal humana tem paralelos pela comunicação não-verbal ou interjeccional, ou na representação não verbal dos animais sociais.

Mas a fama, de notoriedade tem uma estrutura diferente da que é própria da fama tradicional. A fama, de notoriedade, neste instante é um modo que só se dá em sociedades humanas altamente criadas, por desta maneira expressar, históricas. As singularidades pessoais capazes de ser matéria de uma fama pessoal de notoriedade conseguem ser muito numerosas e heterogêneas, e se faz urgente uma classificação. I. Singularidades que envolvem, ou “incorporam”, nunca melhor dito, a própria figura física do sujeito famoso (de seu organismo, seu rosto, tuas pernas, suas mãos, &c.).

Sobre estas singularidades corpóreas se constituiria o primeiro tipo de fama, de notoriedade que chamamos fama subjetual ou icônica. A fama icônica é, definitivamente, uma fama essencialmente cênica. II. Singularidades disociables, em início, completamente, a figura física do famoso.

São as singularidades ligadas a obras segregables do organismo do famoso (como obras de cultura extrasomática), tais como edifícios arquitetônicos, obras de engenharia, esculturas, pinturas, livros de histórias, composições musicais, obras científicas ou literárias, invenções tecnológicas, &c. Poderíamos chamar este tipo de fama, derivada de alguma destas singularidades, fama objetal ou fama cultural extrasomática; por sinécdoque, fama literária, artística ou científica. E isso suscita a dúvida a respeito de se a fama póstuma pode ser de fato chamada de fama pessoal.