Para o economista-chefe e sócio da organização de investimento Arcano, Ignacio de la Torre (Lisboa, 1974), relata como alguns lhes chamaram de loucos, no outono de 2012 por apresentar investir em Portugal e prever a sua recuperação. “Dizer isso era uma enorme heresia, contudo ocorreu”, lembra imediatamente, em uma entrevista pra ABC. Como o senhor vê a economia espanhola? Ele está produzindo uma certa aceleração da economia em um contexto eleitoral e de desaceleração global.
o E a inconstância política? A perícia de a política para torcer a economia espanhola é muito reduzida. Máxime no momento em que temos muita dívida pública e estamos numa união monetária. A experiência de certas políticas pra danificar a economia é mais limitada do que acreditamos.
Mesmo com a fragmentação política atual, o episódio é melhor do que no resto da Europa. De Frente pro que acontece pela Alemanha, a França e a Itália, a Espanha parece um estado com partidas razoáveis. Vox e nós Podemos são duas forças bem mais focadas do que há na Europa: não somos contra a UE, aceitam o euro e o plano de Estabilidade e Crescimento.
E você não podes fazer um giro radical com uma dívida pública de 100%; passa como na Itália, que te levanta o prémio de traço e reculas. Ademais, o Parlamento só podes aprovar um orçamento que tenha sido estabelecido com o Ecofin e o BCE tem 30 pontos de dívida de Portugal.
Se incumpliéramos nossos compromissos o sofreríamos com o prémio de traço, e, em última instância, com o poder do BCE, que ao ter os nossos bónus tem muito o que contar. Mas Portugal tem de reformas para continuar a crescer. A médio período, sim, entretanto a curto prazo, a inércia é positiva e continuaremos a desenvolver-se. Entre as reformas, destaca-se a das pensões. Estamos deixando uma hipoteca de um bilião de euros, perante a forma de dívida pública pros nossos filhos e os jovens, o que é uma imoralidade.
Os salários dos jovens não aumentou em vinte anos e nos gastamos 11 pontos do PIB em pensões. Será que isto vai modificar? Não, em razão de os nove milhões de pensionistas têm o voto muito claro e os quatro milhões de jovens, além de ser menos, estão muito dispersos.
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O sistema político tem claro para as pessoas que destinar-se, e isto é uma injustiça brutal. Na Europa, em média, um trabalho temporário leva 2 anos em passar pra indefinido. Em Portugal, entre cinco e oito anos. Se você é temporária ninguém investe na sua formação contínua e, no momento em que tem contrato fixo, prontamente tem 32 anos e não é descomplicado ter mais de um filho. É um suicídio demográfico.
Se não houver um contrato único, é por causa de têm mais votos do que os que prontamente têm um contrato fixo, que são mais de três vezes do que os que têm um serviço temporário. É uma lógica imoral. Você necessita subir impostos? Você não poderá fazer upload de pensões e baixar impostos.