Sobre Velhas E Novas Esquerdas. Os Jovens Comunistas Uruguaios E O Movimento Estudantil De 1968

Seqüência não.81 México, sep./10. Sobre velhas e outras esquerdas. On the Old and New Left. Palavras-chave: Estudantes, comunistas, 1968, esquerda, revolução, adolescentes, Uruguai. Key words: Students, communists, 1968, left, revolution, youth, Uruguai. Em meados de 1968, no momento em que as revoltas estudantis mais tumultuada e grandes da história uruguaia estavam atingindo o teu apogeu, era neste instante evidente o teu expressivo choque no interior da esquerda.

Uma série de textos que circulou em junho desse ano, entre os militantes da usual e prestigiada Federação de Estudantes Universitários do Uruguai (FEUU) permite aproximar-se deste momento. Afirmaram bem como que a “guerra armada” era o “único caminho de libertação” e que era preciso “aprontar-se, pela prática,” mediante a “combatividade” de efeito “polarizador”, “serviço” e “didático”.

o Que cisões e mudanças nas relações de potência no campo da esquerda expressavam estes escritos juvenis de retórica, tão marcadamente dialógica? Comecemos por comprovar que os adversários nunca nomeados, de forma explícita, porém insistentemente referidas nesses e em outros textos similares da época eram os comunistas, com os quais os autores mantinham amplas divergências ideológicas e políticas. As páginas que se seguem tratam de falar estas controvérsias como cota do modo de radicalização política que experimentou o conjunto da esquerda uruguaia nessa fase.

No caso que nos ocupa, um check-up ligado dos adolescentes ligados ao Partido Comunista Uruguaio (PCU) é particularmente intrigante para se aproximar estas articulações entre a militância de esquerda, brutalidade política e a cultura juvenil. Em primeiro lugar, visto que era o setor mais essencial da esquerda vernácula em termos quantitativos, tanto em eleições como em participação política e sindical. Em vários estilos, o período de protestos iniciada em maio de 1968 por alunos do ensino fundamental (e rapidamente apoiados pelos universitários) foi parecido aos ocorridos em anos anteriores.

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Mais recentemente, em dezembro de 1967, o governo havia dado um visível giro autoritário e conservador, com a assunção de Jorge Pacheco Areco, após a morte inesperada do presidente Oscar Gestido. O aprofundamento do sentido de liberalização econômica e o conflito contra as crescentes forças de oposição foram as marcas de teu mandato desde o arranque.

A escalada autoritária não conseguiu parar o clima de mobilização. Durante a maior parte de 1968, houve dezenas de paralisações e milhões de pessoas manifestaram -quase diariamente— pelas ruas de Montevidéu e em outras cidades do interior contra a política econômica e as medidas repressivas do governo. Os estudantes tiveram um papel central nessas jornadas de protesto. Estes debates se fizeram perceber, com suas particularidades, pela esquerda uruguaia, enfrentada, pois, as novas ações estudantis vernáculas que desafiavam a experiência de controle social do governo.

Estas discussões eram inseparáveis do conteúdo das “vias da revolução”. Mas isso não tem que obscurecer as mudanças e nuances de tua trajetória. Essas precisões abriam a rota para a moderação de teu raciocínio, ao deter-se no caso uruguaio. Enfatizava-se desta maneira a definição de conjuntura política como a de “acumulação de forças” e não como “incerteza revolucionária” ou instante de “furto ao poder”.